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Vem de forma gradual.
Mas existe a vantagem de por vezes se ter algum conhecimento dos sinais de recaída, graças aos anos e anos de batalha. Embora, por vezes, não estejamos preparados para lidar com.
Cansa imenso tanto física como mentalmente. Chegamos a um ponto em que sentimos que nos vai rebentar uma veia qualquer no cérebro, devido à pressão imensurável que sentimos na cabeça. Não só na cabeça; no peito; na garganta.
Uma sensação de despersonalização que nos faz acordar de uma hibernação mental instântanea.
A meio do estágio/trabalho. A meio do caminho para casa. A meio de uma conversa. A meio de um descanso no sofá.
As mãos tremem constantemente e as pernas começam a tremer a cada passo que damos, - isto não é figurativo, - e a nossa memória parece cada vez mais deteriorada.
Começamos a questionarmo-nos acerca da falta que fazemos ou não.
Começamos a idealizar situações que queremos muito colocar em prática para acabar de uma vez por todas com o sofrimento. Cada vez mais com uma naturalidade cortante e fria.
Porque tudo isto não faz sentido. Levar uma vida em que nos sentimos cada vez mais inúteis. Sempre com um sentido de inadequação que não passa, nunca. Somos estranhos e paranóicos. A nossa personalidade é oca. Pensamos nós.
Há dias desabafava com um amigo, que me tem ajudado bastante ultimamente, e ele disse-me algo que me ficou na cabeça pelo sentido que fazia: acabamos por idealizar situações em que nos magoamos devido à negligência de outros.
Não fomos ouvidos o suficiente. Se calhar a forma como nos disseram a frase x não foi a mais correcta ou foi até mesmo ignorante. Que não é nada de especial porque não é físico. Como se fosse algo apenas unidimensional.
Não gosto mesmo nada de ser a pessoa que diz o que se segue, mas entendo que acaba por ser verdade: "só quem passa por isto, consegue verdadeiramente entender".
Estou exausta.
(posts mais frequentes e alegres surgirão quando possível)
"Passa o dia e a noite
Não sei se estou a perder amor à vida
ou ódio à morte"
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